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O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou esta segunda-feira a abertura de um inquérito urgente por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre os “incidentes" em Évora no acompanhamento de vacinas” contra a Covid-19.
O ministro, “face aos incidentes ocorridos hoje no acompanhamento da distribuição de vacinas da Covid-19 em Évora", entre a PSP e GNR, determinou a abertura de um inquérito urgente” pela IGAI, pode ler-se no comunicado divulgado pelo Ministério da Administração Interna (MAI).
Além disso, acrescentou a mesma nota, enviada à agência Lusa, Eduardo Cabrita “solicitou à Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna informação sobre quais as regras de acompanhamento e desembaraçamento do trânsito definidas para concretizar essa distribuição”.
A TVI noticiou hoje à noite que “um conflito de interesses entre PSP e GNR acabou por impedir a saída da carrinha que está a fazer a distribuição da vacina na região Sul do país”.
“É à GNR que cabe a segurança destas carrinhas em todo o país, mas a PSP de Évora teve outro entendimento, por considerar que é a sua área de jurisdição”, refere a notícia publicada na página de Internet daquela estação de televisão.
Segundo a notícia, “a PSP acabou por bloquear e impedir a saída da carrinha que transportava o fármaco”.
“O conflito acabou por ser resolvido com uma escolta partilhada entre a GNR e a PSP”, disse também a TVI.
Contactadas pela Lusa, a Direção Nacional da PSP e o Comando-Geral da GNR escusaram-se a comentar o sucedido em Évora.
O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) anunciou hoje ter recebido, às 18:40, cerca de 350 vacinas contra a Covid-19, para iniciar o processo de vacinação dos profissionais de saúde na terça-feira.
Esta 1.ª fase da vacinação no hospital alentejano está prevista começar às 09:00 de terça-feira, prevendo-se que esteja concluída “até dia 31 de dezembro”, isto é, até quinta-feira, indicou o HESE.
"Este é um sinal de esperança e uma notícia muito positiva que todos aguardávamos”, congratulou-se a presidente do conselho de administração do HESE, Maria Filomena Mendes.
A responsável destacou que, “após quase um ano de combate a esta pandemia” provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, a qual “continua ativa, este é um momento de alento”.
Um momento que “reforça as nossas energias para continuar”, acrescentou Maria Filomena Mendes.
Portugal contabiliza pelo menos 6.677 mortos associados à Covid-19 em 396.666 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O estado de emergência decretado em 9 de novembro para combater a pandemia foi renovado até 7 de janeiro, com recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.