O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy assinou decretos para estender a lei marcial e a mobilização militar por mais 90 dias no país, a partir de 25 de maio.
Os documentos foram apresentados ao parlamento ucraniano e devem ser aprovados por pelo menos metade dos depuatdos.
A lei marcial foi implementada no país em 24 de fevereiro, dia em que a Rússia invadiu país. O período inicial de 30 dias foi prorrogado duas vezes até agora.
O primeiro decreto de mobilização de Zelenskiy era de 90 dias e aplicava-se a todas as regiões do país.
Na semana passada, o ministro da Defesa da Ucrânia disse que esperava armar um milhão de combatentes enquanto o país se preparava para uma "nova e longa fase de guerra".
A lei marcial na Ucrânia, dá à liderança militar o poder de intervir em áreas da vida civil - por exemplo, introduzindo toques de recolher obrigatório, proibindo viagens e realizando buscas em casas e veículos de civis.
Também suspende uma série de direitos que os civis têm em tempos de paz, incluindo: a inviolabilidade das casas particulares; o direito de correspondência privada e conversas telefónicas; o direito à liberdade de movimento, inclusive para deixar a Ucrânia; o direito de realizar reuniões pacíficas, comícios, marchas e manifestações; os direitos de trabalhar, exercer atividade empresarial e entrar em greve; o direito à educação.
Desde que foi imposta a lei marcial desde a invasão, o toque de recolher foi imposto várias vezes em cidades de todo o país.
Os homens entre 18 e 60 anos foram proibidos de deixar o país, embora haja algumas exceções, como pais de mais de três filhos.