A Organização Mundial da Saúde (OMS) insistiu esta quinta-feira na necessidade do reforço da vacinação contra a Covid-19, face ao aparecimento de novas variantes virais, salientando que pouco mais de metade da população global tem uma dose de reforço.
Segundo a líder técnica da resposta à Covid-19 na OMS, Maria Van Kerkhove, que falava na conferência de imprensa regular da organização, "ainda há uma grande brecha na cobertura de reforço", uma vez que "apenas 58% da população mundial tem uma dose de reforço".
A percentagem baixa para 30% no Sudeste Asiático e 8% em África.
Maria Van Kerkhove frisou que os idosos "são grupos de idade críticos" que necessitam das doses de reforço para "prevenir a doença grave e a morte", salientando que em vários países da América e da Europa estão a aumentar as hospitalizações e os internamentos em unidades de cuidados intensivos.
"O vírus está a evoluir, a mudar. Continuamos a monitorizar as variantes em circulação", afirmou Maria Van Kerkhove, realçando que a variante EG.5, uma mutação da variante Ómicron do SARS-CoV-2, representa "cerca de 39%" das sequências genéticas feitas globalmente ao coronavírus.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou hoje a norma da vacinação sazonal de reforço contra a covid-19, que indica que a vacina é adaptada à época 2023-2024 e será pela primeira vez administrada nas farmácias para pessoas a partir dos 60 anos.
De acordo com a norma, as pessoas não elegíveis para reforço contra a covid-19 que não tenham o esquema vacinal recomendado atualizado (esquema vacinal primário ou reforço) devem atualizá-lo na primeira oportunidade de vacinação.
A coadministração da dose de reforço da vacina contra a covid-19, durante o próximo outono-inverno, com a vacina inativada contra a gripe deverá ser realizada como medida de adesão à vacinação.