O cabeça de lista do CDS-PP às eleições legislativas regionais da Madeira, Rui Barreto, fez campanha, esta terça-feira, na vila de Ribeira Brava e pediu, a quem encontrou nas ruas, o voto no partido “para que nada fique igual, para que tudo não fique na mesma”.
“Muito boa tarde, minha senhora, no próximo domingo vamos votar no CDS, vamos acabar com as maiorias absolutas”, diz Rui Barreto a uma mulher que fazia limpeza junto a um edifício”. “De política não falo”, responde. O candidato não se deixa intimidar e começa a falar de limpeza - aquilo que diz quer fazer no futuro Governo da Madeira.
“Aquilo que queremos fazer é limpar um bocadinho, desbastar um bocadinho o PSD. O que queremos é fazer ascender uma nova geração e que na administração regional pública regional promova o mérito e a competência.”
Aos jornalistas, Rui Barreto afirmou que “já chega de maiorias absolutas na Madeira, porque as maiorias cristalizam-se, solidificam-se, mantêm os meus vícios e os meus interesses e não interessam à maioria da população”.
“O voto seguro, a mudança segura, não uma mudança às cegas, é no CDS”, sublinha o candidato, garantido que votar no seu partido “é votar numa equipa competente, responsável, num programa para transformar positivamente a Madeira”.
Barreto diz que há muito para mudar no arquipélago. Desde logo, “é preciso não deixar que o sistema regional de saúde se degrade, como se tem vindo a degradar, valorizar a agricultura e os produtos regionais, investir na água, na conservação, captação e manutenção, fazer pequenas coisas e bem feitas”.
Rui Barreto aproveitou também para tecer críticas a quem “quer transformar as eleições regionais num joguinho entre PS e PSD” e realçou que parte para eleições “no mesmo patamar em que está o dr. Miguel Albuquerque”, que considera “de um governo que foi uma desilusão”, e o dr. Paulo Cafôfo, que considera que “é uma ilusão”.
O cabeça de lista centrista disse ainda que “o CDS está todos os dias a crescer” e que “todos os dias há pessoas a dizer ‘eu acredito no CDS’”.
Questionado pelos jornalistas, se está disponível para viabilizar um Governo Regional à direita ou à esquerda, Rui Barreto reafirmou que não vai para o Governo Regional “a qualquer custo e a qualquer preço” e afirmou que o programa eleitoral do CDS “é um guião, mas também é um caderno de encargos”.
Para o cabeça de lista é “indiferente falar agora de coligações, já que importante é que o CDS tenha a máxima força, tenha mais deputados, para ser mais influente”.
“O que eu quero é que os madeirenses deem força ao CDS. Nunca me substituo ao povo, o povo é que vai decidir quem fica em 1.º, quem fica em 2.º e quem fica em 3.º”, afirmou o candidato, realçando que não vai, a quatro dia das eleições, dizer o que é que vai fazer quando o povo ainda não falou.
Nas últimas eleições legislativas regionais, em 2015, o CDS foi o partido da oposição mais votado. Conseguiu 13,71% dos votos (17.489 votos), e elegeu sete dos 47 deputados que compõem o parlamento madeirense.
As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.
No último sufrágio, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta - com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.