Um ataque aéreo de Israel na madrugada desta sexta-feira contra Gaza atingiu a Igreja de São Porfírio, a igreja ortodoxa mais antiga de Gaza, com cerca de 1.600 anos, onde centenas de pessoas estavam abrigadas.
O bombardeamento resultou na morte de pelo menos 18 pessoas e já foi condenado pelo Patriarca Ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III, que invoca um crime de guerra e que garante que continuará a cumprir o seu "dever moral e religioso de prestar assistência, apoio e abrigo" aos palestinianos na Faixa Gaza.
À hora do ataque, estavam abrigadas na igreja cerca de 500 pessoas, entre elas 50 cristãos.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, enclave palestiniano sob controlo do Hamas desde 2007, as vítimas eram palestinianos cristãos. A população de Gaza ronda os 2.3 milhões de pessoas, sendo que o número dos cristãos está estimado em cerca de mil pessoas, na sua maioria ortodoxos gregos.
O Exército israelita diz que os seus aviões militares estavam a realizar um raide aéreo a um centro de comando do Hamas usado para atacar Israel quando atingiu a igreja.
“Como resultado do ataque, uma parede da Igreja ficou danificada. Estamos cientes de que existem vítimas. O incidente está sob investigação”, indicam as forças israelitas num comunicado citado pela Reuters.
Numa publicação na rede social X (ex-Twitter), pouco tempo depois do ataque, o arcebispo Alexios de Tiberíades, que estava no local, confirmou que foi atingida uma das entradas da igreja, o que terá levado ao colapso do edifício. O arcebispo teme que ainda estejam pessoas presas sob os escombros