A ministra da Presidência garante que o Governo pretende avançar com o apoio imediato às populações e ao comércio afetados pelo mau tempo, em Portugal, mas não consegue, para já, dar uma data de quando poder chegar esses apoios.
Mariana Vieira da Silva falava aos jornalistas no final de uma visita que realizou esta quarta-feira ao concelho de Loures, um dos mais fustigados pelas chuvas intensas que se caíram nalgumas regiões do país.
“Nós temos infraestruturas de grande dimensão que precisarão de intervenção, portanto, é impossível ter uma data”, referiu a governante, sublinhando que a prioridade passa por garantir a habitação a todas as pessoas afetadas e reabrir rapidamente os comércios.
“Queremos que o apoio às famílias e às pessoas seja imediato, como está a ser em matéria de habitação ou outra” e o mesmo com “o apoio ao comércio, porque as pessoas vivem do funcionamento dos seus negócios”, observou.
Nesta sua passagem por Loures, a ministra da Presidência acentuou que o Governo não vai hesitar em recorrer a “todos os instrumentos nacionais e europeus que existem” para apoiar os municípios afetados.
Questionada sobre a necessidade de decretar estado de calamidade nos municípios mais afetados, como Lisboa, Loures ou Oeiras (uma medida que chegou a ser pedido pelo autarca de Loures na semana passada), a ministra da Presidência respondeu que essa decisão não teria um efeito prático nos apoios a que os concelhos poderiam ter acesso.
Governo não faz distinção entre autarquias
Mariana Vieira da Silva, que foi acompanhada pelo presidente da Câmara Municipal de Loures, o socialista Ricardo Leão, admite também vir a visitar os concelhos de Lisboa e Oeiras, que não são do PS.
A ministra assegura que não há diferença no tratamento a estas autarquias pelo facto de não serem lideradas pelo Partido Socialista.
“Nós tivemos uma reunião, à volta da mesa, com todos os municípios e todos concluímos que este trabalho conjunto entre Governo e autarquias é a prioridade, isso é o mais importante. Se olhar, retrospetivamente, verá que nunca têm tido impacto essa questão na resposta do Governo que temos dado”, declarou.