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O Crescente Vermelho sírio está a preparar, esta terça-feira, a retirada de vários doentes do Leste de Goutha, o enclave rebelde. A ação surge depois de a ONU ter anunciado a existência de milhares de pessoas em estado crítico.
Mulheres com crianças ao colo, homens de muletas e um idoso numa cadeira de rodas são algumas das pessoas a passar por Wafidine, o principal ponto de passagem entre o enclave rebelde e Damasco, a capital síria, e situado a nordeste de Douma, a maior cidade da última fortaleza insurgente nos arredores de Damasco.
“Feridos e outros casos em estado crítico de saúde serão retirados neste dia com civis”, confirmou fonte ao Exército sírio citada pela agência France Presse, sem especificar o número.
No total, perto de 100 pessoas já terão deixado a cidade de Douma.
A região de Ghouta oriental é, desde 18 de fevereiro, alvo de uma ofensiva das forças sírias (apoiadas pela Rússia), que já matou mais de mil civis, entre os quais 229 menores, e feriu outros 4.378, de acordo com os números do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
As forças do regime de Assad já conseguiram recuperar cerca de 60% do território do enclave, com cerca de 100 quilómetros quadrados e onde residem 400.000 pessoas.
Mais de mil precisam de evacuação médica urgente na parte rebelde do Ghouta, segundo a ONU.