A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apresenta, na quarta-feira, no Parlamento, o seu último relatório sobre a perseguição aos cristãos no mundo.
A audição está marcada para as 12h00 de quarta-feira e surge na sequência do relatório "Perseguidos e Esquecidos?", publicado em 2017, onde é feita uma análise ao fenómeno da perseguição aos cristãos, entre agosto de 2015 e julho do ano passado.
A audiência decorre a pedido da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, que pretende conhecer detalhadamente o documento.
A directora do secretariado português da Fundação AIS, Catarina Martins, diz que “este relatório é muito taxativo no sentido de dizer que nunca se verificou uma perseguição tão violenta como nos dias de hoje para a comunidade cristã. E de facto estamos a assistir em muitos lugares ao desaparecimento desta comunidade cristã, que é também sinal destes tempos que vivemos”.
A situação é mais dramática no Iraque, Síria, Nigéria, Sudão, Sudão do Sul, mas também no Egipto, no Paquistão e na Arábia Saudita.
A ideia da Fundação AIS é pedir aos deputados que “façam pressão, tanto aqui no nosso parlamento como também a nível do Parlamento Europeu, sobre os responsáveis, para que olhem para esta situação e que sejam de facto tomadas medidas concretas”.
Esta será a quinta vez que a AIS vai à Assembleia da República para abordar este tema.
Na sequências destes encontros, em 2015, os deputados criaram um Grupo Informal de Solidariedade para com os Cristãos Perseguidos no Mundo. No ano passado, por esta altura, o Parlamento aprovou uma recomendação para que o governo português passe a ter “uma actuação firme, activa e global” na defesa da liberdade religiosa no mundo.
Com esta proposta, procura-se que Portugal passe a ter uma voz mais activa “na denúncia e combate à intolerância, discriminação e violência cometidas contra quaisquer pessoas, em função da sua filiação étnica ou religiosa”.