Manuel Alegre classifica a garantia de António Costa de que Marcelo Rebelo de Sousa se irá recandidatar a um novo mandado como Presidente da República, e ganhar, como um jogo político, uma “brincadeira” – porque não há formalmente quaisquer apoios do PS a um candidato presidencial, defende.
"Eu não vi nenhuma declaração formal. [Risos] Foi um jogo político, uma brincadeira…", afirma o histórico socialista em declarações à Renascença.
Manuel Alegre está longe de ser um “rookie” na política. Fez da política a sua vida e foi, até, candidato à Presidência da República. Acredita, portanto, que entre o dia de hoje e o dia das presidenciais, em janeiro de 2021, muito se irá passar.
"Neste momento é um não-assunto. Muita água vai correr sobre as pontes”, garante.
Centeno tem "o poder daquilo que fez pelo país"
Alegre chuta para canto a questão das presidenciais. E prefere apontar ao centro do alvo: ao ministro das Finanças, Mário Centeno. Sem abordar a falta de sintonia a propósito da mais recente injeção de milhões no Novo Banco, o histórico socialista opta por defender com unhas e dentes o atual ministro.
"Um homem só tem muita força. Ele tem um poder próprio. Tem o poder da opinião pública, daquilo que fez pelo país, do prestígio internacional. Se, por acaso, tivesse decidido ir-se embora, quem é que ficava mal na fotografia? Não acredito que fosse ele."
E no PS, havia quem o pudesse substituir? Manuel Alegre responde assim: "Há sempre outras figuras... Mas não era numa altura destas, nem numa situação de pandemia, nem numa situação de crise, nem sendo ele presidente do Eurogrupo como é”.