Cerca de 500 pessoas marcaram esta terça-feira presença na concentração nacional de professores, convocada por oito sindicatos, entre os quais a Fenprof e a FNE, em frente à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.
Os docentes contestam a falta de respostas às suas reivindicações, entre as quais a reposição integral do tempo de serviço.
Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral geral da Fenprof, Mário Nogueira, acusa o primeiro-ministro de mentir quando assegura que aceder a esta reivindicação iria provocar um desequilíbrio das contas públicas.
"Não estamos disponíveis para continuar a ouvir o primeiro-ministro a mentir, para continuar a ouvir o primeiro-ministro com o seu ódio de estimação em relação aos professores. Penso que o senhor primeiro-ministro tem ali um problema mal resolvido com a escola e com os seus professores", disse.
O sindicalista considera ainda que, apesar de esta luta já se prolongar há vários anos, "cada vez mais não são os professores que estão isolados, cada vez mais é o Governo, o Partido Socialista e o primeiro-ministro que, nesta matéria, está isolado".
Nesta concentração será votada uma moção que depois será entregue na residência oficial do primeiro-ministro.
Questionado sobre se os professores vão ser recebidos por Costa, Nogueira explicou que a resposta que receberam é que tal não seria possivel "devido a motivos de agenda".
Além dos dirigentes sindicais e professores em protesto está também nesta concentração uma delegação do PCP, incluindo a deputada Alma Rivera.