Coronavírus põe um terço da população em casa. Número de mortes passa os 18 mil
24-03-2020 - 18:19
 • Marta Grosso com agências

No turbilhão de números da pandemia de Covid-19, convém referir também aqueles que ultrapassaram a infeção: um pouco mais do que 107 mil, do total de quase 409 mil casos registados até agora em todo o mundo.

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São já 408.913 os casos de infeção pelo novo coronavírus registados desde o começo do surto, em dezembro de 2019. Este é o mais recente balanço, feito nesta terça-feira.

Deste total, 18.260 pessoas em todo o mundo não conseguiram sobreviver à doença, enquanto 107.073 já recuperaram.

Nesta altura, são 283.580 os casos ativos no mundo inteiro. Em Portugal, de acordo com as últimas informações da Direção-Geral da Saúde, o número total de infetados está nos 2.362, dos quais 22 já recuperaram.

As autoridades de saúde preveem que os números continuem a subir. Há agora 1.783 pessoas a aguardar resultados laboratoriais dos testes efetuados e mais de 11 mil estão sob vigilância.

O novo coronavírus apareceu pela primeira vez na China, mas já se espalhou por 195 países. Só nesta terça-feira, foram registadas 1.753 mortes e 30.131 casos em todo o mundo.

Um terço da população em casa

Uma das medidas que os governos mundiais têm tomado para conter a propagação da Covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus) é o confinamento.

Nesta terça-feira, a decisão da Índia de ordenar a toda a população que ficasse em casa fez subir para 2,6 mil milhões o número de pessoas em confinamento em todo o mundo, segundo números da agência France-Presse.

Na índia vivem 1,3 mil milhões de pessoas (que agora foram proibidas de sair de casa). A ONU estima que a população mundial tenha 7,8 mil milhões de pessoas, pelo que um terço acaba agora de ficar confinado.

Para travar a pandemia, pelo menos 42 países e territórios ordenaram o confinamento, entre os quais vários países europeus, aos quais se juntou na segunda-feira o Reino Unido, mas também na Colômbia, Argentina, Califórnia (Estados Unidos), Nepal, Iraque ou Madagáscar.

A Índia e a Nova Zelândia foram os que mais recentemente adotaram a medida, aos quais se vai juntar, a partir de quinta-feira, a África do Sul.

Na maioria dos casos, as populações só estão autorizadas a sair de casa para trabalhar, comprar alimentos ou medicamentos, procurar ajuda ou médica ou prestar assistência a terceiros.

Pelo menos 15 países, que representam no conjunto 189 milhões de pessoas, decretaram recolher obrigatório, proibindo qualquer deslocação entre o final da tarde e o amanhecer.



O continente europeu é onde está concentrado, atualmente, o maior número de casos, com Itália à cabeça, seguida pela Espanha e depois pela Alemanha.

Apesar de na China terem sido registados mais casos de Covid-19, é Itália que regista mais mortes causadas pelo novo coronavírus: 6.820 vs 3.277.

Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados. É uma pequena parte do total de doentes, que ascende a 69.176. Na China, num total de 81.171 doentes, recuperaram 73.159.

Nas últimas 24 horas, a China reportou 78 novos casos, sendo quatro de contágio local e os restantes importados. Estas 74 infeções importadas do exterior levantam agora receios de nova onda de contágio. Depois de cinco dias sem novas infeções locais, foi reportado um novo caso local, em Wuhan.

Quanto aos restantes países europeus afetados, Espanha surge 39.676 casos registados, dos quais 2.800 resultaram em morte e 3.794 recuperaram.

Na Alemanha, há agora um total de 32.781 casos, dos quais 156 morreram e 3.133 já tiveram alta.