As emissões de CO2 de combustíveis fósseis na União Europeia (UE) desceram para os níveis mais baixos em 60 anos, segundo o Centre for Research on Energy and Clean Air (CREA).
Citado pelo "The Guardian", o instituto refere que a UE emitiu menos 8% de dióxido de carbono em 2023, do que em 2022.
Isaac Levi, analista do CREA, refere que "finalmente" a Europa está a níveis de emissões equivalentes à geração dos anos 60.
"Por outro lado, a economia triplicou. Isto demonstra que é possível combater as alterações climáticas sem dispensar o crescimento económico", defende o especialista.
Segundo o estudo feito pelo instituto, mais de metade da redução das emissões foi feita graças ao uso de eletricidade menos poluente.
Em 2023, a UE construiu um número recorde de painéis solares e turbinas eólicas e foi capaz de produzir mais energia através de barragens e centrais nucleares.
Para além de mais ferramentas "verdes", a UE também beneficiou de condições climatéricas favoráveis e um uso mais reduzido de energia.
No entanto, o estudo não inclui setores como a agricultura ou emissões de outros gáses como o metano. De acordo com os especialistas, a Europa tem de acelerar ainda mais a redução de emissões.