Numa altura em que crianças e jovens vão regressar a um regime de ensino à distância, a PSP, no âmbito do programa Escola Segura, lança um alerta para que os pais acompanhem os filhos e estejam atentos a eventuais fenómenos de cyberbullying.
“Não podemos pensar enquanto pais que pelo facto de as crianças não estarem a ir à escola que ficam protegidas em relação a estas atividades, muitas vezes autodestrutivas a que são expostas”, alerta à Renascença o coordenador Nacional de Prevenção Pública e Proximidade da PSP.
O Subintendente Hugo Guinote diz ser “importante que os pais não deixem os filhos completamente abandonados nas conversações sociais que vão tendo, pelo contrário, devem aompanhar e ver com quem os filhos interagem e qual a natureza desses diálogos”.
“É fundamental que as crianças sejam de alguma forma monitorizadas, para perceber se estas conversações sociais seja pelo diálogo verbal, seja pelas mensagens são salutares ou se, pelo contrário, estão a entrar numa dinâmica de ameaça, de injúria, de depreciação”, explica.
Para ajudar a evitar situações de risco, a PSP recomenda:
- Definir regras e horários para a utilização de computadores e internet
- Instalar os antivírus e ter as firewalls sempre ativas
- Não fazer download de programas que podem ser perniciosos
- Acompanhar os jovens nas relações dinâmicas que vão tendo
Sinais de alerta e o que fazer em caso de agressão
Nestas declarações à Renascença, o coordenador Nacional de Prevenção Pública e Proximidade da PSP exemplifica a que sinais de alerta os pais devem estar atentos: “Desinteresse pelas atividades escolares, um aumento da agressividade ou um comportamento mais conflituoso com os próprios familiares ou com animais domésticos; alteração do grupo de amigos; ou ainda a recusa de realizar trabalhos de grupo com colegas”.
“Tudo isto vão sendo sinais que alguma coisa pode não estar bem”, sublinha.
Se detetados estes sinais, a PSP aconselha um contacto com as autoridades e que seja feita recolha de “toda a prova possível”.
“Fazer print screen das mensagens que estão a ser trocadas, procurar sempre algum histórico de ficheiros mais antigos, seja emails, fotografias que também estão a circular no espaço digital para que tudo isso possa ser impresso e junto ao processo e podermos levar a tribunal”, específica.