O presidente da Fundação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), D. Américo Aguiar, desvalorizou esta quinta-feira as críticas em relação à demora no plano de mobilidade, considerando que “não há demora, não se trata disso”.
“Não ajuda em processo nenhum exteriorizarmos sentimentos e desconfortos. Queremos que as pessoas façam o caminho juntas, todos estamos envolvidos. Se me perguntar: ‘gostaria de ter mais dossiers fechados há mais tempo? Sim. Tem sido possível? Não. Vou trabalhar para que tudo corra da melhor maneira? Sim, objetivamente’”, disse durante a emissão especial da Renascença dedicada à JMJ.
Antes, o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, tinha transmitido a sua preocupação quanto ao plano de mobilidade, pedindo respostas. “Essas respostas virão no plano de mobilidade, mas pensávamos que esse plano já estaria feito por esta altura. Fico com alguma preocupação. A minha preocupação mantém-se e penso que a do Ricardo Leão [autarca de Loures] também, estive agora com a senhora ministra e reiterei a minha preocupação”, disse.
O bispo auxiliar de Lisboa diz que as “aflições são gerais”, mas destaca a confiança em quem trabalha na organização do evento.
“O problema é sempre o mesmo. É um evento que ultrapassa as capacidades de qualquer cidade”, disse, indicando que antecipar logísticas está sempre dependente dos números finais para o evento.
"Estamos a trabalhar" para evitar derrapagens
Sobre os custos da organização do evento, o presidente da fundação JMJ refere que o preço dos transportes disparou, mas tudo está a ser feito para evitar derrapagens no orçamento.
“Nós equacionámos na previsão que fizemos que os transportes tinham um valor X, mas estamos agora com valores em cima da mesa que são quatro a cinco vezes mais”, referiu D. Américo Aguiar.
“Pode [provocar derrapagens nos custos], mas estamos a trabalhar para que isso não aconteça. Vou dar um exemplo prático. há um grupo de dezenas de milhares de jovens que estão no lugar X. Nós, para evitarmos que eles usem autocarros privados, colocámo-los alojados no eixo dos transportes públicos, portanto, já não será necessário que eles usem os transportes privados”, sublinha o bispo auxiliar de Lisboa nestas declarações à Renascença.
D. Américo Aguiar lembrou que o evento já tem 600 mil inscrições, das quais 400 mil na fase 2 de inscrição e 200 mil com inscrição completa.