O Almirante Gouveia e Melo tem sido alvo de ameaças após declarações sobre os dois fuzileiros, envolvidos na morte de um agente da PSP. Mas, o atual Chefe do Estado-Maior da Armada desvaloriza.
“Tem havido alguns problemas, mas confio totalmente nas forças de segurança, na nossa capacidade de combater este tipo de fenómenos e na democracia”, disse aos jornalistas durante as celebrações do aniversário da Polícia Marítima, em Setúbal.
“Por enquanto é 'harassment' [assédio em português], como dizem os ingleses. Mas pode estar relacionado com coisas mais perigosas. Isso são as forças de segurança que terão de fazer a avaliação”, acrescentou.
Em relação a medidas de segurança tomadas para se proteger, Gouveia e Melo não comentou e apenas disse com um toque de humor: “Seria uma informação muito útil para o lado oposto”.
De acordo com o Correio da Manhã, o Almirante tem recebido várias ameaças por telemóvel e através do correio, depois de ter defendido Fábio Guerra, o agente da PSP que morto à porta de uma discoteca em Lisboa, a 19 de março.
Fábio Guerra, de 26 anos, morreu a 21 de março, no Hospital de São José, em Lisboa, devido às “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo.