Num almoço alusivo ao Dia da Mulher, na Estufa Fria, em Lisboa, depois de Manuela Ferreira Leite, foi a vez de Luís Montenegro subir ao palco.
O líder da AD afirmou que têm todas as razões para estarem "muito otimistas" por terem "conseguido motivar, mobilizar os eleitores portugueses para materializarem uma grande mudança em Portugal no próximo domingo, que começa por ser uma vitória eleitoral da AD, mas começa, sobretudo, por ser uma mudança de política e governo ao serviço de cada ser humano, de cada português".
Montenegro avisou ainda os partidos que compõem a Aliança Democrática que não tenham a expectativa de “invadir a administração pública”.
“E quero dizer aos partidos que compõem esta coligação: não tenham a expectativa de ir invadir a administração pública portuguesa porque esse não é o nosso conceito”, avisou, assegurando que acredita nos funcionários públicos portugueses.
Garantiu ainda que não irá governar “para o título do jornal e na abertura do telejornal”, mas “a olhar para os serviços públicos e a dizer que o dinheiro dos impostos é para ser bem gerido”.
No seu discurso, disse ter sentido ao longo da campanha a força das mulheres, a força das famílias portuguesas” e fez um cumprimento especial a Maria Cavaco Silva.
“Ela talvez não saiba mas eu quero que a partir de hoje não tenha dúvidas que nos gostamos muito de si”, disse, numa referência que fez levantar a sala.
“Mulheres que nos acompanharam em momentos particularmente exigentes que nos inspiraram e às vezes nos empurraram mesmo a fazer melhor”, disse.
Luís Montenegro apontou ainda o que considera como as diferenças entre a candidatura da coligação PSD/CDS-PP/PPM e a do PS.
"O PS sempre que fala, fala zangado com uma parte da nação portuguesa, fala para atacar uma parte da nação portuguesa", acusou, apelando aos indecisos que avaliem as candidaturas, os projetos e as lideranças das duas forças políticas.
Montenegro disse ter ficado impressionado com o discurso do seu principal adversário político, Pedro Nuno Santos, a propósito das mulheres, dizendo que foi o PS o responsável pelos avanços nesta área.
"Temos no mínimo a mesma intenção e, se formos realistas, temos muito melhores resultados para a vida das mulheres com os Governos do PSD/CDS-PP do que com os do PS", contrapôs.
Para Montenegro, "uns querem dividir ainda mais o país", enquanto a AD quer unir, o que passa por aproximar pessoas de condições económicas diferentes, gerações e até setores de atividade.
No último dia de campanha, o líder da AD disse querer voltar às mensagens iniciais da coligação: unir e acreditar.
"Venham daí, vai valer a pena, nós vamos voltar a ser um país para todos, para todos, para todos", disse, numa aparente alusão à frase do papa Francisco quando esteve em Lisboa na Jornada Mundial da Juventude.