O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 0,7% em outubro face a setembro, para 289.125, mas ficou 17,8% abaixo de outubro do ano passado, informou hoje o IEFP.
Segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em outubro havia mais 1.885 desempregados inscritos do que no mês anterior e menos 62.542 do que em outubro de 2021.
Ao longo do mês de outubro, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 50.580 desempregados, mais 6.412 (+14,5%) do que no mesmo mês de 2021, mas menos 7.088 (-12,3%) do que em setembro.
De acordo com o instituto, “para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2021, na variação absoluta, contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que procuram novo emprego (-58.142), os que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-55.523) e os inscritos há 12 meses ou mais (-53.373)”.
Quanto ao desemprego jovem (pessoas com menos de 25 anos), registou um aumento em cadeia de 4,5% em outubro (+1.415 jovens) e uma diminuição de 17,7% (-7.019 jovens) face ao período homólogo.
A nível regional, em outubro o desemprego registado no país, em termos homólogos, diminuiu em todas as regiões, com destaque para a região autónoma da Madeira (-35,4%) e a região do Algarve (-35,2%).
Já em relação ao mês anterior, as regiões dividiram-se entre decréscimos (três) e acréscimos (quatro) no desemprego, sendo a maior variação na região do Algarve (+20,7%).
A nível setorial, registaram-se descidas homólogas em todas as atividades económicas, tendo-se as variações mais significativas verificado, por ordem decrescente, na ‘indústria do couro e dos produtos do couro’ (-32,6%), ‘alojamento, restauração e similares’ (-28,1%) e ‘fabrico de veículos automóveis, componentes e outro equipamento de transporte’ (-27,2%).
Em outubro, havia 123.000 desempregados de longa duração, uma diminuição de 2,6% (-3.310 pessoas) face a setembro, estando agora 30,3% abaixo do nível registado em outubro de 2021 (-53.373 pessoas).
Já os inscritos há menos de um ano totalizavam 166.125, tendo-se observado um aumento em cadeia de 3,2% (+ 5.195) e um recuo em termos homólogos de 5,2% (-9.169).
Os grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados no Continente eram em outubro os ‘trabalhadores não qualificados’ (25,9%), ‘trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores’ (20,0%), ‘especialistas das atividades intelectuais e científicas’ (11,7%) e ‘pessoal administrativo’ (11,6%).
Quanto às ofertas de emprego por satisfazer, no final de outubro totalizavam 17.540, nos serviços de emprego de todo o país, número que corresponde a uma diminuição anual (-6.066; -25,7%) e face ao mês anterior (-1.531; -8,0%) das ofertas em ficheiro.
Já as ofertas de emprego recebidas em outubro totalizaram 9.529 em todo o país, um número inferior em 3.360 às recebidas no mês homólogo (-26,1%) e em 2.785 às do mês anterior (-22,6%).
As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (sendo que neste caso o IEFP considera apenas os dados relativos ao Continente) foram as ‘atividades imobiliárias e dos serviços de apoio’ (17,7%), o ‘comércio por grosso e a retalho’ (14,1%) e a ‘administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social’ (10,6%).
As colocações realizadas durante o mês de outubro totalizaram 6.756 em todo o país, um número inferior ao verificado em igual período de 2021 (-1.256; -15,7%) e ao mês anterior (-2.269; -25,1%).
A análise das colocações efetuadas, por grupos de profissões (dados do Continente), mostra uma maior concentração nos ‘trabalhadores não qualificados’ (28,2%), nos ‘trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores’ (18,8%) e no ‘pessoal administrativo’ (12,0%).
Mais casais com ambos os elementos desempregados
Também o número de casais com ambos os elementos no desemprego, aumentou 1,29% em outubro face ao mês anterior e caiu 14,4% em termos homólogos, para 4.562, informou o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
“Do total de desempregados casados ou em união de facto, 9.124 (7,9%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no Serviço de Emprego, totalizando 4.562 casais desempregados, em outubro de 2022”, refere o IEFP na informação estatística divulgada.
Aquele número, indica o IEFP, representa uma descida de 14,4% face ao número de casais desempregados registado há um ano, mas uma subida de 1,29% comparando com setembro.
Os casais nesta situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10% do valor da prestação de subsídio de desemprego, quando tenham dependentes a cargo.
Segundo o IEFP, no final de outubro estavam registados no continente 273.383 desempregados, dos quais 42,1% eram casados ou viviam em situação de união de facto, perfazendo um total de 114.964.
Relativamente ao total de desempregados casados ou em situação de união de facto, observa-se uma diminuição de 15,1% (-20.417 desempregados) face a outubro de 2021 e um decréscimo de 0,2% (-230) relativamente a setembro de 2022.