No 117.º dia de guerra, a vice primeira-ministra da Ucrânia indicou que milhares de cidadãos do país foram deportados para a Rússia. Mais de 1.500 estão em prisões russas.
Mais de 500 civis estão presos em Severodonetsk, na planta química de Azot.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, agradeceu o apoio de Portugal ao pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE).
A Renascença resume os principais momentos de mais um dia de conflito.
Milhares de ucranianos deportados para a Rússia
A vice-primeira-ministra da Ucrânia e ministra da Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados revelou que cerca de um milhão e duzentos mil ucranianos foram deportados de forma forçada para a Rússia, sendo que destes, 240 mil são menores e dois mil são órfãos.
Segundo a governante, em declarações citadas pelo Ukrinform, “mais de 1.500 civis ucranianos estão detidos como prisioneiros de guerra em Rostov e Kursk, mas não são prisioneiros de guerra, deviam ser libertados”.
Entre os civis ucranianos em cativeiro, Iryna Vereshchuk indica que há voluntários, ativistas, jornalistas, padres, deputados de conselhos locais e chefes de agências do governo local.
Zelenskiy agradece apoio de Portugal na candidatura à UE
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, agradece o apoio de Portugal ao pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE).
“Tive uma conversa com o primeiro-ministro, António Costa. Agradeci a Portugal o apoio para a concessão à Ucrânia do estatuto de candidato à adesão à UE”, escreveu Zelenskiy na rede social Twitter.
“Acordámos em utilizar a experiência de Portugal na nossa reaproximação com a UE”, adiantou o Presidente ucraniano.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, congratulou-se com o apoio manifestado pelo Governo português à candidatura da Ucrânia à União Europeia.
"Na sequência das declarações anteriores sobre as perspetivas europeias da Ucrânia, o Presidente da República (Órgão ao qual caberá ratificar um futuro Tratado de Adesão), congratula-se com a decisão do Governo de apoiar a candidatura daquele Estado europeu a membro da União Europeia", lê-se numa nota colocada no portal da Presidência na Internet.
Rússia coloca Portugal entre países "responsáveis por arrastar" guerra
O embaixador da Rússia junto da ONU incluiu esta terça-feira Portugal numa lista de países fornecedores de equipamento militar a Kiev, acusando-os de serem "diretamente responsáveis pelo arrastar" da guerra.
Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na Ucrânia, Vasily Nebenzya criticou o Ocidente por fornecer armamento e artilharia de longo alcance a Kiev, visando atingir "a população civil de língua russa" na região do Donbass (leste ucraniano).
"Os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha, França, Polónia, Áustria, Austrália, Bélgica, Bulgária, Grécia, Dinamarca, Espanha, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Portugal, Roménia, Macedónia do Norte, Eslováquia, Eslovénia, Turquia, Finlândia, República Checa, Suécia (...) uma lista dos maiores fornecedores de equipamento militar ao regime ucraniano, gastando milhares de milhões de dólares", afirmou Nebenzya.
Rússia promete “consequências graves” à Lituânia
O secretário de Conselho de Segurança de Rússia, Nikolai Patrushev, avisou a Lituânia, esta terça-feira, de que a resposta da Rússia à decisão de limitar, em parte, o tráfego de mercadorias para o enclave russo de Kaliningrado, no mar Báltico, terá graves consequências para aquela população.
A Rússia "irá certamente responder a tais ações hostis", disse Patrushev, acenando com medidas que serão “aprovadas num futuro próximo”, com “consequências que irão afetar gravemente a população da Lituânia".
A agência russa Interfax cita o porta-voz do Conselho de Segurança russo, Evgeny Anoshin, segudo o qual, Patrushev discutiu com as autoridades de Kaliningrado os "problemas de acessibilidade dos transportes" a esta região.