Há famílias que estão a passar dificuldades devido à falta de alimentos nos cabazes de que beneficiam através do chamado Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas.
O Jornal de Notícias denuncia esta segunda-feira que nos últimos cinco meses, as famílias têm recebido menos alimentos.
O Ministério da Segurança Social, que faz a gestão do programa, reconhece “falhas” e justifica-as com impugnações judiciais nos concursos de compra de produtos, a demora nos pareceres da ASAE e, as exigências da União Europeia no que toca a este tipo de concursos.
Assegura, no entanto, que “a situação está a ser gradualmente ultrapassada”, adiantando que “alguns produtos serão distribuídos este mês”.
Segundo o JN, famílias que recebiam todos os meses um cabaz com 25 alimentos, desde setembro deixaram de receber produtos como leite, arroz, peixe congelado, atum, azeite e bolachas Maria. E, em alguns cabazes, os produtos entregues são agora de menor quantidade.
Várias assistentes sociais, ouvidas pelo jornal, manifestam-se indignadas com o que está a acontecer, afirmando que não é fácil explicar a quem precisa a escassez de produtos.
A maioria dos utentes não consegue entender quando lhes explicam que os alimentos não são distribuídos devido à impugnação de concursos para a aquisição de bens alimentares, a única informação que chega ao conhecimento dos técnicos., por isso, reclamam e ficam chateadas.
Algumas famílias queixam-se também da qualidade dos produtos.
Já o Governo garante que não estão a ser entregues produtos estragados ou fora de validade e adianta que, até junho, vão ser feitas mais de 60 operações para verificar a qualidade dos cabazes alimentares distribuídos às famílias carenciadas.
O Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas começou em Portugal em 2014, e é co-financiado por fundos comunitários.