As escolas do primeiro ciclo já estão a receber os manuais do 1.º ano que foram disponibilizados no início do ano lectivo pelo Governo, mas os directores não sabem que destino dar-lhes uma vez que grande parte não será reutilizável.
A notícia está a ser avançada pelo "Jornal de Notícias". Segundo o diário, a maioria dos agrupamentos optará por armazená-los enquanto tiver espaço, adiando para já, o envio para o papelão.
Já do lado dos pais, muitos ponderam não entregar os manuais por considerarem que não vão poder ser reutilizados, tendo em conta que os livros estão preenchidos, com sublinhados, desenhos, pinturas, autocolantes e repostas escritas que, mesmo apagadas, deixarão as folhas marcadas e as respostas decalcadas. "Se não são reutilizáveis para quê devolvê-los, questiona a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP).
O presidente da CONFAP considera que "os livros servem de apoio para os anos seguintes e de consulta para as famílias que precisem de auxiliar os filhos nos trabalhos de casa e nos trabalhos durante as férias", aludindo ainda a razões afectivas para registo do ano em que o filho aprendeu a ler e a escrever.
A secretária de Estado Adjunta e da Educação, em entrevista à Renascença, explicou que quem não entregar os manuais (porque se extraviaram, por exemplo) não tem de os pagar mas também não terá direito aos livros gratuitos no próximo ano lectivo.
“Nesses casos, que consideramos neste momento extremos, os pais não receberão o livro equivalente do segundo ano. Mas isso é algo que terá de ser analisado caso a caso e, de acordo com a circular que enviámos, será em casos muito residuais”, afirmou.