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O bastonário da Ordem dos Médicos apelou, esta terça-feira, a uma atenção redobrada, por parte de todos, à situação que se vive nos lares em Portugal em plena pandemia de Covid-19.
Miguel Guimarães deixou uma palavra de apreço a todos os médicos portugueses, mas lembrou ser “absolutamente essencial que todos se preocupem mais com os lares”. A mensagem foi deixada após uma reunião de quase três horas com o primeiro-ministro.
"Gostava de deixar uma palavra de respeito, confiança e de agradecimento pelo trabalho que têm feito, seja nos hospitais, seja nos centros de saúde, seja nas instituições de saúde pública, na medicina do trabalho, nos lares", afirmou o bastonário.
Nas suas declarações destacou, ainda, o trabalho "extraordinário" dos médicos que trabalharam no lar de Reguengos de Monsaraz. Médicos de família, que mesmo por vezes não tendo as condições mais adequadas, não deixaram de estar presentes e fizeram um trabalho magnífico".
Miguel Guimarães, que tinha solicitado, no passado domingo, um encontro "urgente" com António Costa a propósito de críticas aos médicos, pareceu satisfeito com o desfecho da reunião e agradeceu ao primeiro-ministro "o facto de ter demonstrado o apreço, o respeito e a confiança que tem nos médicos portugueses".
O “on” e o “off” da entrevista do primeiro-ministro ao “Expresso” deu o mote à reunião desta terça-feira. Mas Costa já tinha provocado a indignação da Ordem dos Médicos por ter dito que aquela entidade não tem poderes fiscalizar situações como a do lar de Reguengos de Monsaraz e que as Ordens não existem para fiscalizar o Estado.
“Temos de contar com uma segunda onda” de Covid-19
Entre os desafios para o próximo outono e inverno, o bastonário da Ordem dos Médicos aponta a possibilidade de uma segunda onda de Covid-19 e relembra a importância de apostar na prevenção.
No entanto, Miguel Guimarães mostra-se otimista e adianta que “se as pessoas respeitarem as regras definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), muito provavelmente a gripe sazonal vai ter muito menos impacto que teve nos outros anos”.
“Continuar a recuperar aquilo que são os doentes não covid, aqueles que ficaram para trás durante este período em que a pandemia teve uma força importante neste país” é também uma das prioridades apontadas pelo dirigente.