As Forças Armadas têm disponibilizadas mais de 40 camas em hospitais militares, para complementar as unidades de saúde públicas do Serviço Nacional de Saúde no âmbito do surto de coranavírus (Ccovid-19).
A revelação foi feita na Renascença pelo brigadeiro-general João Jácome de Castro, diretor de Saúde Militar do Estado Maior das Forças Armadas. “Podemos oferecer uma capacidade de internamento suplementar ao SNS, nomeadamente com áreas de ventilação assistida: temos 16 camas, em Lisboa, e 28 camas no Porto. E estamos a estudar a possibilidade de criara zonas complementares.”
Quanto ao relatório do Tribunal de Contas, que aponta falhas na gestão do Hospital das Forças Armadas, disse já está a ser “analisado com todo o cuidado por um conjunto de especialistas”.
Este relatório revela a existência de faturação indevida de quase dois milhões de euros ao instituto de ação social das Forças Armadas, que gere a ADM - a assistência na doença aos militares. Os relatores do tribunal admitem, que o subsistema de saúde possa estar a pagar duas vezes pelos mesmos cuidados.
O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.200 mortos e infetou mais de 95 mil pessoas em 78 países, incluindo oito em Portugal. Mais de 50 mil doentes recuperam.
Além dos 3.012 mortos na China Continental, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos e Filipinas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".
A Direção-Geral da Saúde, que tem um microsite com múltiplas informações sobre a doença, recomenda como principais medidas de prevenção a frequente lavagem de mãos. Em caso de possível contágio, a indicação é ligar para o SNS 24 (808 24 24 24) e evitar deslocações aos serviços de saúde.
Uma equipa de cientistas chineses identificou a estrutura completa da proteína ACE2, que o coronavírus usa para entrar nas células humanas, o que pode facilitar o desenvolvimento de possíveis vacinas. O estudo, publicado na revista científica “Science”, é assinado por investigadores de três instituições da China, país onde o coronavírus, que provoca a doença Covid-19, foi detetado pela primeira vez, no final do ano passado.