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O número de entradas ilegais nos Estados Unidos, através da fronteira com o México, voltou a bater recordes em fevereiro.
Mais de 76 mil pessoas atravessaram ilegalmente a fronteira, o maior número nos últimos 11 anos, num sinal de que o agravamento das medidas penais e das políticas de detenção não têm conseguido abrandar o fluxo de imigrantes que continuam a tentar entrar no país.
“O sistema está mais que sobrelotado, está em ponto de rutura”, disse aos jornalistas o responsável pela agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras, Kevin K. McAleenan, ao apresentar os dados na terça-feira.
“Esta é claramente uma crise de controlo de fronteiras e também uma crise humanitária”, disse, ao descrever centros de processamento cheios, agentes fronteiriços a esforçar-se para satisfazer as necessidades médicas de milhares de imigrantes ilegais num sistema de detenção que não foi pensado para os alojar, tudo isto enquanto chegam autocarros cheios de novos imigrantes, por vezes mais de dois mil num só dia.
Segundo o "New York Times", embora não existam números exatos, a maioria dos imigrantes ilegais entregam-se voluntariamente aos agentes fronteiriços e acabam por apresentar pedidos de asilo legais.
A crise na fronteira tem servido para o Presidente Donald Trump defender a construção de um muro ao longo de toda a fronteira dos Estados Unidos com o México.