O cidadão marroquino condenado a 12 anos de prisão por recrutar em Portugal operacionais para o grupo radical Estado Islâmico (EI), Abdesselam Tazi, morreu nesta quinta-feira na cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa.
A informação é avançada pela agência Lusa, que cita fonte judicial e acrescenta que a morte se terá devido a "causas naturais".
Tazi, de 65 anos e em prisão preventiva desde 23 de março de 2017 na cadeia de alta segurança de Monsanto, foi condenado por sete crimes: falsificação com vista ao terrorismo, recrutamento para o terrorismo, financiamento do terrorismo e quatro crimes de uso de documento falso com vista ao financiamento do terrorismo.
Em 9 de julho de 2019, o Tribunal Central Criminal de Lisboa condenou o arguido, em cúmulo jurídico, à pena única de 12 anos de prisão, por sete dos oito crimes pelos quais estava acusado, e absolveu-o de adesão a organização terrorista internacional.
Lopes Guerreiro, advogado de Tazi, recorreu do acórdão do tribunal de primeira instância para o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL). A decisão da Relação de Lisboa deveria ser conhecida na tarde de quarta-feira, 8 de janeiro, mas fonte do TRL disse nesse dia à Lusa que o acórdão quanto ao recurso "foi adiado" para 22 de janeiro.