Está aberta a COP24, a Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas. Até dia 14, os líderes mundiais vão discutir várias matérias relativas ao Acordo de Paris, nomeadamente o “livro de regras”.
O objetivo deste documento é definir, com a maior transparência possível, como vão ser cumpridas as regras estabelecidas no acordo assinado em 2015 na capital francesa.
O “livro” deverá definir o modo como cada país poderá comunicar o cumprimento dos compromissos assumidos e como cada um pode rever as metas assumidas (o que deve ser feito de cinco em cinco anos). Deverá ainda indicar como deve ser feito o relatório final, onde os valores de cada país signatário irão ser comparados.
Além do “livro de regras”, os líderes mundiais deverão discutir, em Katowice (Polónia), a maneira de os países mais ricos ajudarem os menos desenvolvidos a adaptarem-se às alterações climáticas – estando previsto um investimento anual de 100 mil milhões de dólares até 2020.
Um outro assunto sobre a mesa é a meta de dois graus para o aquecimento da Terra até ao fim do século. O limite foi estabelecido em 2015 pelos 195 signatários, mas os especialistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) avançam agora que o planeta não pode aquecer mais do que 1,5 graus até ao final do século.
O relatório do IPCC vai estar em discussão, bem como o papel das tecnologias e dos cidadãos na luta contra as alterações climáticas.
De acordo com a agenda da 24.ª Conferência de Partes (COP24), este domingo começam os primeiros encontros plenários. Na segunda-feira, ocorre a cerimónia de abertura oficial do encontro.
A conferência junta os representantes das partes da UNFCCC e é organizada pela Polónia pela terceira vez, juntando na fase final, entre 11 e 14 de dezembro, líderes de vários países.
Portugal estará representado oficialmente pelo ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes. Ambientalistas e especialistas em alterações climáticas portugueses participam também na COP24.