Rui Rio diz que as buscas que o Ministério Público fez em sua casa foram "inadmissíveis e ridículas".
Em entrevista à SIC, o antigo líder do PSD garante que as suspeitas que lhe são imputadas por uso indevido de dinheiro público são "uma prática transversal a todos os partidos".
"Estas verbas são do partido e quem trabalho no grupo parlamentar, na sede ou nos dois sítios está a trabalhar para o partido. É tudo a mesma coisa. Não há zona cinzenta nenhuma", garante.
Rui Rio reiterou que a lei "é feita pelos partidos e não está a ser violada" e só admite que poderá haver "laivos de ilegalidade se alguém recebe salário e não trabalha".
"O problema é o Ministério Público intrometer-se politicamente, dizendo como é que os partidos devem gerir as verbas. 100 agentes pagos pelos nossos impostos para procurar nada", critica.
O antigo líder do PSD acusa mesmo o Ministério Público de querer "dizer que os políticos são todos os vigaristas. Isto é contra a Democracia".
E pede, como o fez enquanto político ativo, uma reforma na Justiça "para acabar com isto".
"Ou o poder políticos diz basta ou, eventualmente, diremos Chega", ironizou.