O Papa não esqueceu este domingo, durante a oração do Angelus, a questão dos refugiados. No dia em que terminou, no Vaticano, o sínodo dedicado à família, Francisco aqueles que caminham pela Europa à procura de paz e dignidade.
“A palavra ‘sínodo’ significa caminhar juntos. E o que vivemos foi uma experiência da Igreja em caminho. Em caminho, especialmente, com as famílias do povo santo de Deus espalhado por todo o mundo”, começou por dizer.
“Confesso-vos que esta profecia do povo em caminho comparei-a com as imagens dos refugiados em marcha pelas estradas da Europa, uma realidade dramática dos nossos tempos”, prosseguiu.
“Também essas famílias que mais sofrem, desenraizadas das suas terras, estiveram presentes connosco no sínodo, na nossa oração e nos nossos trabalhos, através da voz de alguns dos seus pastores presentes na assembleia. Estas pessoas à procura de dignidade, estas famílias à procura de paz, permanecem também connosco, a Igreja não as abandona porque fazem parte do povo que Deus quer libertar da escravidão e conduzir à liberdade”, afirmou para a plateia que o ouvia na Praça de São Pedro.
Em resumo dos trabalhos que duraram 15 dias, o Papa admitiu: “Foi cansativo, mas um verdadeiro dom de Deus, que seguramente produzirá muitos frutos”.
Antes, na missa que assinalou o encerramento do sínodo dos bispos,Francisco alertou para a “fé programada” que ignora o sofrimento dos outros.