Vasco Cordeiro criticou a coligação de direita que viabilizou o atual Governo dos Açores do PSD e acusou Rui Rio de abrir as portas à extrema-direita, em Portugal. O discurso foi feito durante esta tarde de sábado, no Congresso do PS, em Portimão.
"Apesar de tudo, eis-me aqui. Eis-me aqui, porque só é vencido quem desiste de lutar. E se é certo que o combate não se esgota na função, eu estou de corpo inteiro neste combate pelos Açores", começou por declarar o antigo Presidente do Governo Regional dos Açores.
Vasco Cordeiro considerou de "interesse nacional" a ameaça de um governo regional que "ativamente procurou e negociou um apoio com um partido fascista, racista e de extrema-direita".
"Foi o líder do principal partido da oposição que franqueou as portas à chegada da extrema-direita em Portugal. Promovendo e apadrinhando uma vergonhosa instrumentalização da autonomia regional, reduzindo-a a tubo de ensaio", criticou, referindo-se ao alegado acordo feito entre Rui Rio e André Ventura.
O líder da oposição nos Açores classificou como "preocupante" a "complacência que pessoas e instituições democráticas assistiram e assistem à pantomina" do PSD e do Chega.
"Por isso, é importante lançar o alerta. O risco da extrema-direita está mais perto do que pode parecer. Esse risco tem a ver com que acontece a 26 de setembro", apontou.
Vasco Cordeiro realçou que as autárquicas de setembro são "sobre os valores da democracia, da liberdade, da tolerância e da inclusão".
Saindo do ataque, o militante socialista realçou ainda a importância dos mecanismos e fundos europeus para as políticas locais.
"As autarquias podem e devem ser parte não só da execução, mas da definição e modelação das soluções de aplicação desses recursos", defendeu.