Filinto Lima, Presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos pediu recursos e autonomia ao Ministério da Educação, lembrando que são importantes também para o acolhimento de alunos ucranianos, no encerramento da 10ª Convenção nacional, dedicada ao tema "À procura da Escola que desconhecemos",.
O responsável quer que “o futuro Ministério da Educação e também o atual dê autonomia às escolas, dê recursos às escolas”, pois “nós diretores e professores saberemos dar o nosso melhor aos nossos alunos e também aos alunos ucranianos”.
Também João Dias da Silva, Presidente da FNE exigiu autonomia e liberdade para as escolas.
O sindicalista entende que “a autonomia, e a liberdade são essenciais para que a qualidade do trabalho que se desenvolve nas escolas possa ser feito”. “Esta autonomia é uma autonomia que reconhece a autonomia das escolas, que reconhece a autonomia dos profissionais, que têm um saber específico da docência”, sublinhou.Por sua vez, Jorge Ascensão, Presidente da CONFAP diz que não se pode estar à espera do Ministério da Educação para que a descentralização avance. “Nós vamos ter a descentralização, mas ela vai depender muito de cada um de nós”, alertou.
Para Ascensão “não podemos estar à espera de uma qualquer reforma, e eu disse isso já há muitos anos, se estivermos à espera do Ministério da Educação nada de diferente vai acontecer”. “Estou perfeitamente convicto da experiência que adquiri ao longo destes últimos 20 anos, que de facto acontece se nós quisermos”, reforçou.
Na opinião de Jorge Ascensão o acesso ao ensino superior “não é equitativo”.
Por outro lado, o Presidente da CONFAP sugeriu que a pandemia e a situação na Ucrânia ajudam “a relativizar muita coisa”, lembrando uma conversa mantida com “alguém que também participou num projeto europeu e alguém ali da europa de leste dizia-me: vocês acordam de manhã preocupados se vai haver aula, se vai haver greve. Nós acordamos preocupados se a escola que contruímos hoje amanhã ainda vai estar de pé”.