Arcebispo-mor de Kiev. “Vamos fazer tudo para acabar com esta agressão”
28-02-2022 - 12:51
 • Olímpia Mairos

O chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, da cidade de Kiev, lembra que “estamos no quinto dia da guerra sangrenta, desumana e cruel” e alerta para as atrocidades que têm sido cometidas.

O líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana, arcebispo-mor de Kiev, D. Sviatoslav Shevchuk, apelou esta segunda-feira ao diálogo “para que a diplomacia vença a guerra”.

“Hoje, em particular, faço um apelo: vamos fazer tudo para acabar com esta agressão, para acabar com a guerra”, afirma em mensagem citada pela agência de notícias SIR.

O responsável assinala que “mesmo quando isso parece impossível, mesmo quando diplomatas, juristas e chefes de estado dizem que isso é muito difícil, oramos para que Deus da paz nos dê a sabedoria de parar a agressão com o diálogo”.

“Sabemos que a diplomacia e o diálogo são a alternativa à guerra”, enfatiza, explicando que no fim da guerra as partes envolvidas devem sentar-se à mesa de negociações.

O apelo do arcebispo-mor de Kiev surge no dia em que decorrem negociações entre a Rússia e a Ucrânia.

O chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, da cidade de Kiev, diz que “estamos no quinto dia da guerra sangrenta, desumana e cruel” e alerta para as atrocidades que têm sido cometidas.

O arcebispo Shevchuk denuncia aqueles que colocam “crianças e mulheres em tanques para torná-los um escudo humano, para trazer morte e destruição ao coração, dentro da Ucrânia” e cita dados da ONU que dão conta de "quatrocentos mil refugiados".

“Mas resistimos de pé, resistimos de pé em oração”, assinalou.

Na mensagem divulgada através da internet, Sua Beatitude expressa novamente a gratidão ao Papa Francisco “pela firmeza com que tem condenado a guerra na Ucrânia”.

“Estou grato ao Santo Padre pelo seu apoio, as suas orações por nós e o seu desejo de fazer todos os possíveis para parar esta guerra”, conclui o arcebispo.