As associações de taxistas anunciaram esta quinta-feira que, a 11 de setembro, vão dar início a uma manifestação por tempo indeterminado, em Lisboa, contra a promulgação pelo Presidente da República do diploma que legaliza as plataformas eletrónicas de transporte como a Uber e a Cabify.
A decisão foi tomada durante uma reunião entre o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida, e o presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), Carlos Ramos, que decorreu na manhã de hoje sede da ANTRAL, em Lisboa.
Já se esperava que o regresso aos protestos fosse a decisão resultante deste encontro, um que começou às 11h e que foi marcada após Marcelo Rebelo de Sousa ter promulgado o diploma que regula a atividade das plataformas de transportes.
À Renascença, Florêncio Almeida tinha garantido esta manhã que "tudo pode vir a acontecer", porque "o setor não vai ficar quieto". "Temos de mostrar o nosso desagrado perante as autoridades", sublinha o presidente da ANTRAL.
Em conferência de imprensa após a reunião, o presidente da ANTRAL disse que as associações vão pedir, com caráter de urgência, “se possível para amanhã [sexta-feira]”, uma reunião com o Presidente da República para que possa “pessoalmente” explicar as razões da promulgação deste diploma.
O parlamento aprovou, a 12 de julho, uma segunda versão da lei - após o veto presidencial - para as plataformas eletrónicas de transporte, com os votos a favor do PS, PSD e PAN, e com os votos contra do BE, PCP e Os Verdes. O CDS-PP foi a única bancada parlamentar a abster-se na votação do diploma.
[Notícia atualizada às 14h50]