Os sindicatos que representam a maioria dos trabalhadores dos CTT e das empresas do grupo anunciaram esta sexta-feira a realização de uma greve no dia 19 de novembro. Realizam também uma manifestação, em Lisboa.
“Neste momento, os CTT estão a prestar um mau serviço à população e às empresas, não têm respeito pelos seus trabalhadores, não há trabalhadores suficientes para assegurar o serviço e este tem atrasos de dias e dias, às vezes semanas. E quem paga as favas somos nós, que damos a cara ao público nas estações e na distribuição. Estamos fartos disto", argumenta Vitor Narciso, presidente do Sindicato dos trabalhadores dos Correios, que integra a FECTRANS, em declarações, à Renascença.
O sindicalista frisa que o objetivo é lutar contra a destruição dos CTT que está a ser levada a cabo pela administração, não garantindo à população um serviço postal universal de qualidade.
Os sindicatos defendem o aumento do número de postos de trabalho, assim como o crescimento dos salários.
Vitor Narciso revelou à Renascença que, esta quinta-feira, a maioria dos sindicatos (da FECTRANS e independentes) entregaram à administração uma proposta conjunta para aumentos salariais em 2022.
Reclamam um aumento de 85 euros para todos os trabalhadores, o aumento de vários subsídios e do abono para falhas a quem trabalha com dinheiro.
Outro ponto muito importante da proposta, diz Vitor Narciso, é a alteração da estrutura de carreiras, de forma a repor o distanciamento entre progressões salariais.
“Os trabalhadores estão a ganhar cada vez menos, relativamente. Estão cada vez mais perto do salário mínimo, por isso queremos a reposição das grelhas salariais”, afirma.