O Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, inaugura, esta quinta-feira, a segunda rota do canal do Suez, numa cerimónia rodeada de fortes medidas de segurança.
Portugal está representado na cerimónia pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira.
"O Egipto está a seguir em frente", disse à agência Lusa o embaixador do Egito em Lisboa, Ali Elashiry, salientando que a expansão do canal trará consigo, pelo menos em planos, a construção de vários centros logísticos e de transportes e a criação de "um milhão de empregos".
O diplomata indicou que o projecto, "em estudo há várias décadas", prevê ainda a construção de "um aeroporto, quatro portos e um centro logístico" no qual quer a China quer a Rússia já demonstraram interesse.
Num país que ainda é agitado regularmente por ataques de militantes que visam autoridades policiais, de segurança e judiciais, além de tensões religiosas, a obra do canal do Suez é motivo de orgulho para os egípcios, afirmou.
No que toca às relações comerciais com Portugal, o diplomata afirma esperar que a expansão do canal as possa diversificar e até tornar mais baratas as importações portuguesas, apontando que as trocas comerciais entre Portugal e o Egipto atingem os 166 milhões de euros anuais.
O inédito modelo de financiamento da obra, através da emissão de certificados de investimento destinados apenas a cidadãos egípcios a viverem no território, permitiu arrecadar 7,8 mil milhões de euros.
Mais tráfego
A expansão do canal, a primeira em 145 anos de existência, consiste numa nova via paralela, com 37 quilómetros, e no alargamento e aprofundamento da via original, que mede 72 quilómetros, numa extensão de 35 quilómetros.
A previsão é que possa aumentar de 49 para 97 o número de navios a passar diariamente pelo canal e que o tempo de navegação seja reduzido de cerca de 20 para 11 horas.
A expansão do canal, a primeira em 145 anos de existência, consiste numa nova via paralela com 37 quilómetros, e no alargamento e aprofundamento da via original, que mede 72 quilómetros, numa extensão de 35 quilómetros.
A previsão é que possa aumentar de 49 para 97 o número de navios a passar diariamente pelo canal e que o tempo de navegação seja reduzido de cerca de 20 para 11 horas.
O inédito modelo de financiamento da obra, através da emissão de certificados de investimento destinados apenas a cidadãos egípcios a viverem no território, permitiu arrecadar 7,8 mil milhões de euros.