O Governo português lamentou, esta quarta-feira, a morte do refém do movimento islamita Hamas com nacionalidade portuguesa, após ter sido confirmada pelas autoridades israelitas.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrageiros “lamenta a morte do cidadão luso-israelita Yossi Sharabi”, e defende “a libertação imediata e incondicional de todos os reféns”.
“Neste momento de consternação, e de solidariedade para com a família e amigos, Portugal sublinha a importância de assegurar a libertação imediata e incondicional de todos os reféns, um imperativo que as autoridades portuguesas têm procurado, em conjunto com os parceiros e organizações internacionais, promover desde a primeira hora”, lê-se na nota.
O Governo defende também “a necessidade de um cessar-fogo permanente, fundamental em todo este processo”.
Já na terça-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tinha lamentado a morte do refém do movimento islamita Hamas com nacionalidade portuguesa.
A confirmação do óbito de Yossi Sharabi, de 53 anos, foi adiantada pelo embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira.
“Confirmado que um refém com a nacionalidade portuguesa retido em Gaza terá sido vítima da situação militar naquele território, o Presidente da República apresenta as suas condolências aos familiares e amigos e lamenta as circunstâncias que determinaram a sua morte”, lê-se numa mensagem de pesar publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, massacrando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.
Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 24.000 pessoas - na maioria mulheres, crianças e adolescentes - e feridas acima de 57 mil, também maioritariamente civis.
O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.