Um cidadão português morreu na Venezuela na sequência de um assalto violento. A informação foi confirmada à Renascença pela secretaria de Estado das Comunidades.
Os assaltantes, que transportavam armas de fogo, intercetaram o veículo conduzido pelo português. Forçaram-no a ir até à sua residência, onde roubaram várias jóias e dinheiro.
O cidadão português, dono de uma padaria no município de Carrizal, foi vítima de disparos. Chegou a ser transportado por vizinhos para o hospital, onde acabou por falecer.
Os assaltantes abandonaram a carrinha do português e estão em fuga. As autoridades venezuelanas suspeitam que pertençam a um grupo que já sequestrou pelo menos 14 comerciantes nos últimos meses.
Este sábado, Caracas é palco de manifestações pró e contra o regime de Nicolás Maduro. Contudo, o secretário de Estado das Comunidades afirma que
“não se tratará de qualquer hostilidade em função da crise política que se está a viver ou das opções políticas que cada um adota no país". "Tratar-se-á de um assalto com tentativa de rapto e que culminou neste desfecho trágico para este cidadão português”, diz José Luís Carneiro à
Renascença.
O embaixador português em Caracas " já falou com o filho, transmitiu as condolências" e disponibilizou-se para auxiliar a família no que for necessário.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, lamentou a morte do empresário português que foi assassinado na sexta-feira na Venezuela. "O nosso concidadão, que era proprietário de uma padaria em Los Teques, terá sido intercetado na rua por homens armados que o forçaram a regressar a casa onde o roubaram e acabaram por assassinar”, disse Augusto Santos Silva aos jornalistas, à margem da sessão de encerramento do V Congresso Literacia, Media e Cidadania, em Aveiro.
Quanto à situação que se vive na Venezuela, o ministro defendeu que a única alternativa a uma intervenção militar externa ou uma confrontação civil é “um processo político que permite que o povo venezuelano recupere a sua capacidade de decidir, escolher, seja quem for”.
Numa nota publicada no ‘site’ da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa solidarizou-se com a família do empresário que residia na região de Los Teques, a sul de Caracas, zona onde vive uma significativa comunidade portuguesa.
[Notícia atualizada às 22h20]