O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, admitiu esta terça-feira que Israel ficará responsável pela segurança de Gaza por tempo indeterminado e quando terminar a guerra que travam naquele território contra o Hamas.
Em entrevista à estação norte-americana ABC, Netanyahu disse acreditar que “Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade global pela segurança porque vimos o que acontece quando não a temos”.
“Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é uma erupção do terror do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar”, acrescentou.
O governante israelita foi questionado sobre quem deveria governar Gaza quando a guerra terminasse e foi perentório na resposta: “Aqueles que não querem seguir o caminho do Hamas”.
Na mesma entrevista, Benjamin Netanyahu reconheceu alguma responsabilidade pelas falhas nos serviços de inteligência do país, admitindo que o país foi apanhado de surpresa pelo ataque do Hamas no dia 7 de outubro que matou mais de 1.400 pessoas.
“Não vamos fugir, a responsabilidade do governo é proteger as pessoas e, claramente, essa responsabilidade não foi cumprida”, admitiu.
A guerra, que cumpre esta terça-feira um mês, começou a 7 de outubro, com um ataque surpresa realizado pelo grupo islamita Hamas contra o território israelita, que provocou cerca de 1.400 mortos, mais de 5.400 feridos e durante o qual foram feitos mais de 240 reféns.
As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, confirmaram até agora mais de 10.000 mortos, incluindo mais de 4.100 crianças, enquanto mais de 160 palestinianos perderam a vida em resultado de ações das forças israelitas ou fruto de ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.