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É uma mensagem de encorajamento a todos os profissionais que acompanham doentes em fase terminal. Em entrevista à Renascença, Duarte Soares, o presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, elogia o esforço de todos e destaca a importância que os médicos especialistas da área podem ter neste momento tão difícil para tantos doentes e famílias portuguesas.
“A primeira [contribuição], e mais óbvia, será o acompanhamento daqueles doentes que estejam infetados e estejam fora daquilo que é o alcance da medicina curativa, que passem para uma transição de final de vida. Mas não apenas aí: temos um grande papel no aproximar das famílias que estejam em fase de luto ou em acompanhamento a pessoas numa fase mais avançada da sua doença e que possam estar internadas em hospitais”, explica Duarte Soares.
Num comunicado divulgado esta quinta-feira, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos sublinha que a área é "uma componente essencial desta 'linha da frente', face ao sofrimento causado a tantos doentes e famílias" pela pandemia de Covid-19.
Mas a relevância dos profissionais dos cuidados paliativos não se esgota aqui, desde logo no aconselhamento dos profissionais de saúde chamados a tomar decisões eticamente complexas.
“Podem ter um papel fundamental no aconselhamento dos próprios profissionais de saúde a tomarem decisões que possam ser eticamente difíceis e, além disso, na gestão do próprio 'burnout'", indica o presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos. "Com a experiência acumulada em tantos anos de comunicação avançada, na comunicação de más noticias e de gestão de situações complexas, podem ter um papel muito importante no apoio aos profissionais que estão na primeira fila.”
A importância evidente dos profissionais de cuidados paliativos que presencialmente, ou com recurso às novas tecnologias tentam diminuir o sofrimento dos doentes e das suas famílias, mas que também assumem particular relevância no apoio aos profissionais de saúde na hora de tomarem decisões mais difíceis.