O Vaticano esclareceu esta sexta-feira que não tomou qualquer decisão em relação à construção do altar-palco para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que terá lugar em agosto, em Lisboa.
Em declarações ao site de notícias religiosas ACI Prensa, e confrontado com o valor de 4,2 milhões de euros mais IVA que o altar-palco vai custar, o assessor do Vaticano, Matteo Bruni, explicou que "a organização do evento é local" e que, portanto, as decisões sobre custos recaem sobre a autarquia da capital portuguesa.
O altar em questão será usado pelo Papa Francisco para celebrar a última missa da JMJ, que terá lugar entre 1 e 6 de agosto.
O contrato de adjudicação direta para a construção do palco foi divulgado na semana passada, gerando indignação e críticas à autarquia de Carlos Moedas.
Questionado sobre o assunto, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa reconheceu que o preço do projeto é elevado, mas explicou que "as especificações daquele palco foram definidas em reuniões que tivemos com a JMJ, a Igreja e a Santa Sé", prevendo a participação no evento religioso de até 1,5 milhões de pessoas.
Em conferência de imprensa ontem, o presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude 2023, o bispo D. Américo Aguiar, admitiu que o custo do altar-palco "é um número que magoa" e assegurou que vai tentar perceber a razão do valor e tentar "corrigir o caminho".