Das celebrações religiosas ao Festival da Juventude - que poderá vir a reunir centenas de eventos -, há muita coisa prevista e já a ser preparada pela Direção de Pastoral e Eventos Centrais da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer de 1 a 6 de agosto do próximo ano.
Mariana Frazão explica à Renascença que estão focados “na espiritualidade da semana” e nos momentos com o Santo Padre: “falamos da missa inicial, que vai ser presidida pelo Senhor Patriarca, da cerimónia de acolhimento, da Via Sacra, da Vigília e da Missa final. E do último evento de todos, que é o encontro do Santo Padre com os voluntários”.
Esta direção tem também a cargo a organização das várias iniciativas que vão preencher a semana, como as catequeses, o Festival da Juventude ou a Cidade da Alegria, e é responsável “pela liturgia e pela música” dos eventos com o Papa.
“A equipa da música está a pensar quais é que são os cânticos que fazem sentido, e neste momento podemos já falar dos da missa inicial e da missa final”, conta Mariana, confirmando que haverá “músicas inéditas”, outras já conhecidas.
“Queremos garantir nessa escolha que são cânticos que todos podem conhecer. Muitos são cânticos portugueses, outros internacionais. Mas, teremos a parte da nossa cultura e daquilo que fazemos, porque, humildade à parte, Portugal tem uma área de música muito forte e muita coisa para mostrar ao mundo”.
Esses cânticos “serão partilhados com as pessoas antes da Jornada, para todos poderem começar a ensaiar”.
Um coro com 200 pessoas
O Coro JMJ já está completo e integra elementos de todo o país. “O coro tem 200 pessoas das várias dioceses de Portugal. A JMJ é em Lisboa, mas queremos que os jovens de todas as dioceses façam parte”, sublinha Mariana Frazão.
Dias 22 e 23 de outubro realiza-se o segundo ensaio. “Voltamos a reunir aqui em Lisboa, com a particularidade de todos ire ser acolhidos pelas pessoas que fazem parte do Coro de Lisboa, e que vão abrir as portas das suas casas”, diz Mariana Frazão.
Os ensaios seguintes serão em janeiro e em março, acelerando depois até ao verão. “Em março contamos começar a juntar a orquestra, que está agora a ser formada. Já estamos a escolher o repertório de todos estes eventos para começarmos a fazer os ensaios”, explica aquela responsável.
Quem quiser fazer parte da orquestra ainda se pode juntar, contactando a JMJ.
“Queremos que andem na cidade e tropecem no Festival da Juventude.”
Para além dos momentos mais religiosos, de reflexão e oração com o Papa, a semana da Jornada ficará marcada por uma série de outros eventos, como a Cidade da Alegria, uma espécie de feira com instituições e colégios, e o Festival da Juventude, que terá vários espetáculos espalhados pela cidade.
Cláudia Lourenço, responsável pela organização, explica que o festival “é um conjunto de eventos artísticos, culturais, religiosos e desportivos que serão protagonizados pelos peregrinos”, com projetos de várias áreas, “do cinema, do teatro, da dança, da música, exposições, conferências e também eventos religiosos, em igrejas. Por exemplo, grupos que durante uma semana querem animar uma paróquia de Lisboa”.
“É um festival de peregrinos para peregrinos. O que a nossa equipa vai fazer é acolher e selecionar as candidaturas, fazer a programação e tratar da parte logística e operacional dos espaços onde possam decorrer”, conta ainda.
Diz que já receberam “projetos interessantes”, como “um teatro de rua”, e esperam vir a receber muitos mais, quando as candidaturas abrirem. E acrescenta: “queremos muito que o Festival da Juventude esteja na rua e no meio dos peregrinos, que eles não tenham de andar muito à procura de um sítio para assistir a uma peça ou ir a um concerto”.
"Queremos que andem na cidade e tropecem no festival, que as coisas aconteçam nos espaços por onde eles passam.”
“Juntem-se a nós!”
As candidaturas para o Festival da Juventude vão abrir ao mesmo tempo das inscrições para a JMJ, o que deverá acontecer dentro de dias, sendo que o Papa será o primeiro a inscrever-se.
No início da próxima semana (17, 18 e 19 de outubro) deverá ser revelado o preço da inscrição, durante o encontro que vai reunir, em Fátima, os representantes da Pastoral da Juventude do mundo inteiro, com a presença do Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Farrell.
Cláudia Lourenço pede que “todos os que vierem à Jornada e tenham projetos culturais, artísticos e religiosos que queiram apresentar durante essa semana no festival” estejam atentos e concorram, “para os selecionarmos”.
Cláudia e Mariana admitem que “os tempos que atravessamos são desafiantes”, com a guerra e as suas consequências económicas. “Noutras Jornadas talvez tenha sido mais fácil fazer determinado tipo de eventos, mas faremos o melhor, com o que conseguirmos”. E sublinham que “tem havido muita abertura e interesse de entidades privadas e públicas de se juntarem a este projeto, mesmo que às vezes isso não seja publicado”.
“Vamos ser anfitriões do maior evento de jovens do mundo”, lembram as duas responsáveis, que destacam o “muito empenho” que existe entre as centenas de voluntários que nesta altura já trabalha para a JMJ. “Os jovens chegam com a pica toda para dar e deixar a sua marca”.
E deixam um convite final: “Inscrevam-se! Juntem-se a nós! Como voluntários, como peregrinos, ou com um projeto no Festival da Juventude, o que importa é estarmos presentes e mostrarmos aquilo que é a nossa Igreja em Portugal”.