O incêndio que deflagrou ontem em Samardã, no concelho de Vila Real, já queimou cerca de 4.500 hectares numa parte do Parque Natural do Alvão, sendo o que mais preocupa as autoridades esta segunda-feira.
Em conferência de imprensa, o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, indicou ao início desta tarde que, durante a noite, os meios de combate às chamas conseguiram travar a frente de incêndio junto à EN15, referindo que o vento tem “dificultado o trabalho dos operacionais”.
O responsável adiantou que foram já registados seis feridos ligeiros até ao momento, cinco deles operacionais e um civil, e confirmou o número já avançado pelo autarca de Guarda sobre a quantidade de território consumido pelas chamas, embora adiante que não é possível ainda fazer um balanço da área ardida. Segundo o representante, "são incêndios complicados, não só pela sua dimensão, mas também pela aérea em que se desenvolvem".
Pelas 12h estavam no local cerca de 460 operacionais, apoiados por 135 meios terrestres e cinco meios aéreos, incluindo dois aviões enviados pela Grécia, explicou André Fernandes.
O alerta para o fogo foi dado às 7h00 de domingo, na serra do Alvão, zona da Samardã, e o vento forte e inconstante que se tem feito sentir empurrou-o em três frentes distintas, tendo atravessado a Estrada Nacional 2 (EN2) e a Autoestrada 24 (A24).
Na mesma conferência, André Fernandes admitiu que mantém alguma preocupação com o incêndio em Ourém, não afastando a possibilidade de reativações. No local estão neste momento mais de 300 operacionais em vigilância.
Portugal tinha ao início desta tarde quatro fogos ativos em Portugal continental: dois em Vila Real (Samardã e Mesão Frio), um em Viana do Castelo (Monção) e outro em Cabeceiras de Basto (Braga).