O consórcio Magellan 500, que propunha a construção do novo aeroporto de Lisboa em Santarém garante que a solução continua "disponível para o país". À Renascença, o porta-voz assegurou no entanto que não irá fazer nada para reverter a solução do governo, que se baseou no relatório da Comissão Técnica Independente (CTI).
Recorde-se que o grupo de investidores já tinha tecido duras críticas à CTI por considerar que os critérios definidos não iam de acordo com as recomendações da União Europeia (UE). O Engenheiro sublinhou, no entanto, que "é tempo de soluções" e que a "a discussão da forma como os projetos foram analisados" ficou no passado.
Carlos Brazão falou ainda dos "benefícios únicos" que a solução do ribatejo teria para o país. O engenheiro sublinhou as vantagens decorrentes do projeto partir de privados, entre eles a ausência de encargos financeiros pelo Estado e a conclusão mais rápida da infraestrutura por não obedecer ao regime de contratação pública.
Apesar de desejar que a escolha do governo "tenha todo o sucesso", o engeneheiro deixa aberta a possibilidade do anúncio não ser uma garantia de decisão final. "Tudo pode acontecer. Este é o quinto grande anúncio de uma infraestrutura aeroportuária e não foi possível [avançar para a construção] por uma razão ou por outra", disse.
A reação do consórcio surge depois de na noite desta terça-feira o primeiro ministro ter anunciado que o novo aeroporto de Lisboa será construído no campo de tiro de Alcochete. Junto com o equipamento aeroportuário Luís Montenegro lançou a terceira travessia sobre o Tejo e a linha de alta velocidade entre a capital portuguesa e Madrid.