Covid-19. "Intenção é que encerrar uma escola seja exceção", diz DGS
11-09-2020 - 14:26
 • Inês Braga Sampaio

Graça Freitas diz que escolas só serão encerradas "em situações muito extraordinárias" e lembra: "Quanto menos contactos menos contágio."

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A diretora-geral da Saúde explicou, esta sexta-feira, que só em casos "muito extraordinários" se ponderará encerrar uma escola devido a um surto de Covid-19.

Na conferência de imprensa de atualização da situação epidémica em Portugal, Graça Freitas salientou que, por agora, "a intenção é que encerrar na totalidade uma escola seja uma exceção". A ser tomada essa decisão, será ponderada com cuidado e entre várias entidades.

"É uma decisão complexa da autoridade de saúde, mas é uma decisão conjunta e de grande responsabilidade. O impacto de fechar uma escola é tão grande que tem de haver critérios e ponderação e vamos tentar ser cirúrgicos no nosso procedimento. Quando for possível, limitar a uma turma. Se for necessário, a uma ala ou setor da escola. Só em situações muito extraordinários, com grande circulação dos casos infetados dentro da escola e com uma propagação comunitária intensa, é que é de ponderar o encerramento da escola", sublinhou.

"Quanto menos contactos, menos contágio"


Apesar das reservas e precauções, a ministra da Saúde assumiu que, provavelmente, será impossível "evitar que aconteça o encerramento de uma turma ou de uma escola".

O apoio aos pais das crianças que tenham de ir para casa "está previsto", garantiu Marta Temido: "A proteção da parentalidade no acompanhamento dos filhos menores que precisem de estar em isolamento profilático ou em situação de doença decorre da lei, já estava aprovada, existe e é importante que se saiba que os pais têm direito ao acompanhamento dos filhos menores."

Graça Freitas lembrou, de resto, que é recomendável que, dentro das escolas, as crianças não se juntem, dado que "quanto menos contactos, menos contágio".

Na escola e em todo o lado, a diretora-geral da Saúde reforçou que o essencial é que haja "menos contactos entre pessoas, menos confraternização" e assinalou que a maior parte dos surtos, atualmente, surgem e desenvolvem-se em contextos familiares.

"As famílias têm de entender que, se vivem em casas diferentes, em núcleos diferentes e em bolhas diferentes, quando se juntam, estão a juntar mundos diferentes. O convívio tem de ser diminuído. Estamos numa pandemia, não gostamos de estar mas estamos", frisou.