O Governo "lamenta" falta de presença oficial na abertura do memorial dedicado às vítimas dos incêndios de 2017, desvendado ao público na passada quinta-feira, em Pedrógão Grande.
Em declarações aos jornalistas este domingo de manhã, Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, diz que o Memorial às Vítimas dos Incêndios de 2017 foi edificiado "com a melhor das intenções" e é uma "prova" de que o Governo "não se esqueceu" da tragédia.
A falta de uma homenagem imediata foi uma decisão do executivo, que optou por "deixar um dia de reserva para as famílias". "Faremos um momento mais formal de homenagem, a muito breve prazo, com as entidades e sobretudo com a associação de vítimas e com os autarcas. Não esquecemos."
"Lamentamos se, com esta decisão, trouxemos ainda mais dor", confessa a governante.
Ainda este sábado, numa publicação no Twitter, o primeiro-ministro, António Costa, frisou que a cerimónia de homenagem será realizada "em data a escolher pela CIM [Comunidade Intermunicipal de Municípios de Leiria] e de acordo com as famílias".
Contudo, o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, António Lopes, negou que a inauguração oficial do memorial esteja dependente da autarquia. "Com o município de Pedrógão Grande não houve qualquer contacto nesse sentido. Apenas fui previamente informado pela Infraestruturas de Portugal que o monumento ia abrir ao público", explicou.
O Memorial às Vítimas dos Incêndios de 2017 encontra-se junto à Estrada Nacional 236-1, na zona de Pobrais, Pedrógão Grande, com o nome das 115 vítimas mortais dos fogos naquele ano. É um projeto da autoria do arquiteto Souto Moura.