Síria. EUA “prontos a disparar"
14-04-2018 - 17:06

Está reunido o conselho de segurança das Nações Unidas para discutir a situação na Síria.

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A embaixadora norte-americana nas Nações Unidas avisa: se a Síria voltar a usar armas químicas, os Estados Unidos estão “prontos a disparar”.

Durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, Nikki Haley não deixou dúvidas: “Falei esta manhã com o Presidente Trump e ele fez questão de sublinhar que, se o regime sírio usar estas armas novamente, os Estados Unidos estão prontos a disparar”.

O tempo das conversas terminou ontem à noite, acrescentou a embaixadora dos Estados Unidos, que não esqueceu a Rússia.

“O Conselho de Segurança falhou os chamar à responsabilidade os estados que utilizam armas químicas. E esse falhanço deve-se sobretudo à obstrução da Rússia. Apelamos por isso aos russos que tenham atenção às suas companhias e esteja à altura das suas responsabilidades enquanto membro proeminente deste Conselho de Segurança”, refere.

Por sua vez, a embaixadora do Reino Unido defende os ataques de ontem na Síria por "questões humanitárias". "Não pode ser ilegal o uso da força para evitar a morte de inocentes", referiu.

"O regime sírio foi responsável pelo ataque químico da semana passada", acrescenta Karen Pierce.

François Delattre, embaixador da França, lembra que a Síria violou sistematicamente as obrigações sobre armas químicas.

Já embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, considera que o ataque é um "ato de agressão" contra um país soberano e diz que a operação norte-americana torna a tragédia da Síria “ainda pior”.

A abrir a reunião, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou aos membros do Conselho de Segurança para que se unam e que “mostrem contenção nestas perigosas circunstâncias de modo a evitar quaisquer atos que poderiam contribuir para uma escalada de violência e agravar o sofrimento do povo sírio”.

De recordar que de madrugada Estados Unidos, França e Reino Unido lançaram o ataque aéreo contra alvos militares em Damasco e em Homs, alegadamente fábricas onde se produziriam armas químicas e armazéns para os guardar.