Ursula Von der Leyen faz esta quarta-feira o discurso do Estado da União Europeia.
É o último do mandato da líder da Comissão Europeia, antes das próximas Eleições Europeias, em 2024.
À Renascença, Paulo Sande espera um discurso que oscile "entre o que foi feito e a Europa depois disso".
Até porque, realça o especialista em assuntos europeus, "há muitas matérias que são matérias de longo prazo".
"Há metas, por exemplo, até 2030 e ela, certamente, vai invocá-las. Vai tentar deixar como uma espécie de herança e promessa de futuro para lá destes prazos", considera.
Paulo Sande diz também que "a guerra continuará a estar presente, não dá para evitar isso", mas Von der Leyen deverá realçar outros temas, como o European Green Deal, focado no combate às alterações climáticas e um plano de apoio económico à Ucrânia.
Deverá também haver um foco na regulação do digital e como se pode aplicar as tecnologias ao serviço do bem humano e, ainda, a Justiça Social.
"Vai falar da necessidade de tornar a Europa mais justa, sobretudo nestes tempos de tensão", acredita.
O especialista em assuntos europeus admite que, até agora, está "surpreendido" pela positiva com o mandato de Ursula Von der Leyen.
Realçando que havia alguma desconfiança, ao início, "uma mulher que se esperava frágil, agigantou-se".
"Deu uma imagem muito positiva, reagindo positivamente a crises terríveis. Ela foi o rosto a quem se telefona", avalia.
"Foi um mandato que acabou por resistir aos grandes choques destas crises", conclui.