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As primeiras vacinas da Moderna, cuja comercialização foi autorizada esta quarta-feira pela Comissão Europeia, chegam a Portugal nos “próximos dias”, anunciou o coordenador da “task-force” para o plano de vacinação contra a covid-19.
“A chegada das vacinas da Moderna está prevista para os próximos dias e não deverá tardar mais do que uma semana”, afirmou Francisco Ramos numa resposta escrita à Lusa, adiantando que ainda está a “ser definido” quando terá início a vacinação com este fármaco.
Francisco Ramos disse que estão previstas chegarem a Portugal “8.000 doses na semana de 11 de janeiro e 11.000 na semana de 25 de janeiro” da vacina da Moderna, que integrarão a primeira fase do plano de vacinação que se iniciou com a vacina da Pfizer e BioNTech.
A entrega das vacinas estará "a cargo da Moderna”, referiu o coordenador do grupo de trabalho para o plano de vacinação, ao adiantar que cada pessoa a vacinar receberá sempre as duas doses da vacina produzida pelo mesmo laboratório.
Em comunicado, o Presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, Presidente do Infarmed, salientou que a vacina da Moderna “vem reforçar a disponibilidade de mais vacinas no plano nacional de vacinação e em toda a União Europeia, de forma a combater a pandemia por covid-19”.
A Comissão Europeia autorizou hoje a comercialização da vacina da Moderna para a covid-19 na União Europeia (UE), após o aval do regulador europeu àquele que é o segundo fármaco contra o novo coronavírus autorizado no espaço comunitário.
“Hoje, a Comissão Europeia concedeu uma autorização condicional de comercialização para a vacina da covid-19 desenvolvida pela Moderna, a segunda na UE”, informou o executivo comunitário em comunicado.
A instituição precisa que esta autorização, o último passo formal antes da entrada do fármaco da Moderna no espaço comunitário, “segue uma recomendação científica positiva baseada numa avaliação exaustiva da segurança, eficácia e qualidade da vacina pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) e é aprovada pelos Estados-membros”.
Também hoje, a EMA deu ‘luz verde’ à utilização da vacina da farmacêutica Moderna contra a covid-19 na UE, ao ter recomendando à Comissão Europeia “a concessão de uma autorização condicional de comercialização da vacina covid-19 Moderna para prevenir a doença do coronavírus 2019 em pessoas a partir dos 18 anos de idade”.
Esta aprovação surge depois de o comité de medicamentos para uso humano da EMA ter “avaliado exaustivamente os dados sobre a qualidade, segurança e eficácia da vacina e ter recomendado por consenso a concessão de uma autorização formal condicional de comercialização pela Comissão Europeia”, adiantou o regulador comunitário na nota de imprensa.
A vacina da Moderna, com uma eficácia comprovada superior a 90%, foi a segunda a ter aval da EMA, após a aprovação, a 21 de dezembro de 2020, do fármaco desenvolvido pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que está a ser utilizado no espaço europeu desde 27 de dezembro.
Um amplo ensaio clínico promovido pela Moderna, envolvendo 30 mil pessoas, revelou que a vacina desta farmacêutica norte-americana foi eficaz na prevenção da covid-19 em pessoas com mais de 18 anos, com uma eficácia geral de 94,1% e de 90,9% nos casos graves.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.869.674 mortos resultantes de mais de 86,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 7.377 pessoas dos 446.606 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.