O Reino Unido apresentou um pacote de 2,75 mil milhões de euros para apoiar a estabilidade económica da Ucrânia.
O pacote financeiro foi anunciado na manhã desta quarta-feira pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, no arranque da Conferência Internacional para a Recuperação da Ucrânia, a decorrer em Londres até quinta-feira.
"Tenho a honra de anunciar hoje um compromisso plurianual de apoio à economia da Ucrânia. Ao longo dos próximos três anos, providenciaremos garantias de empréstimo no valor de três mil milhões de dólares [cerca de 2,75 mil milhões de euros]."
Na sua intervenção, Sunak destacou o cenário que se vive em Bakhmut e Mariupol como exemplo de que "aquilo que a Rússia não conseguir conquistar, vai tentar destruir". "Eles querem fazer o mesmo com a economia ucraniana".
Segundo o primeiro-ministro britânico, citado pelo Guardian, "o tamanho do desafio é real": "A guerra provocou uma queda de 29% do PIB da Ucrânia no ano passado, mas olhem para as ruas de Kiev. Apesar da ameaça de ataque, as pessoas continuam com as suas vidas e os seus negócios".
Mais de 400 privados juntam-se a iniciativa britânica
O Reino Unido irá garantir o empréstimo de quase três mil milhões de euros à Ucrânia junto do Banco Mundial, "desenhado para tarefas difíceis, como ajudar as pessoas a reconstruir as suas vidas depois da devastação", salienta Ajay Banga, presidente do Banco Mundial.
"Com este apoio, continuaremos a nossa missão de ajudar os ucranianos a imaginar uma vida depois da guerra."
De acordo com o executivo de Westminster, este será "o primeiro pacote de assistência financeira plurianual e bilateral de um país do G7".
Segundo o jornal Guardian, o apoio anunciado pelo primeiro-ministro britânico é acompanhado de medidas para diminuir o risco da economia ucraniana, para que esta possa garantir maior confiança de investidores na garantia de empréstimos e seguros na reconstrução do país.
Por outro lado, a iniciativa Ukraine Business Compact também se prepara para apostar na recuperação económica da Ucrânia. A missão inclui mais de 400 empresas privadas de 38 países, com uma receita total anual a ultrapassar 1,45 biliões de euros.
O objetivo passa por fomentar o comércio, o investimento, a partilha de conhecimento e a prática negocial responsável, avança o Governo britânico, citado pelo Guardian.