A GNR inicia, esta segunda-feira, a formação de 600 novos guardas, naquele que é um dos processos mais urgentes e complexos dos últimos anos.
Quando acabarem o curso, os novos recrutas vão substituir os militares que entretanto forem reforçar o Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS) e Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) - os dois serviços da GNR que o Governo quer mais envolvidos no combate aos incêndios.
Parece um processo normal de incorporação, mas não é. A GNR já vive nos limites, por isso é impraticável desviar simplesmente 600 homens para novas funções.
O curso que agora começa visa colmatar especificamente o reforço que o Governo decidiu fazer no GIPS, com 500 novos elementos, e o SEPNA, a quem estão prometidos outros 100 elementos.
A decisão consta do plano global de prevenção e combate a incêndios decidido na sequência do trágico ano de 2017.
Sendo assim, o comando geral está a tentar, dentro do seu dispositivo, encontrar 600 interessados em avançar para aquelas duas unidades - o que terá que acontecer num prazo muito curto - e, ao mesmo tempo, não descompensar o efetivo.
Este curso não será exatamente igual aos anteriores. Terá os mesmos nove meses, mas, como o ministro da Administração Interna já admitiu, vão existir algumas alterações de calendário, uma vez que a parte teórica inicial será interrompida para que também estes recrutas sejam empenhados no dispositivo de combate a incêndios.
Dos 600 candidatos que se apresentam na Escola da Guarda em Portalegre, 92% são homens, só metade cumpriu o serviço militar e 91% têm o 12º ano.
Os candidatos têm idades entre os 18 e os 29 anos: 97% são solteiros e metade são oriundos de apenas cinco distritos (Porto, Lisboa, Braga, Coimbra e Viseu).
Na semana passada, o ministro Eduardo Cabrita afirmou que, com este reforço de 500 elementos, os GIPS vão passar a intervir em todo o país.
Atualmente, os GIPS estão presentes em onze distritos.