O PSD acusa o Governo de "inconsciência absoluta" sobre as consequências da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), hoje adiada, considerando que o que funciona bem "vai tornar-se menos célere e eficaz".
Em declarações aos jornalistas, o vice-presidente da bancada do PSD André Coelho Lima comentava o anúncio, feito hoje pelo ministro da Administração Interna, José Luis Carneiro, de um novo adiamento da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que estava prevista para maio.
"Isto é a demonstração clara da inconsciência absoluta que o Governo tem do que está a tentar pôr no terreno", disse Coelho Lima, salientando que o partido alertou "em devido tempo" para estes problemas.
O deputado defendeu que "o que está em causa é uma pulverização das competências do SEF por cinco entidades, em cima de uma crise de refugiados".
"É o maior exemplo do socialismo ao serviço do Estado: uma atividade que está concentrada numa força policial que o tem feito com competência, e de forma célere, tudo isto vai ser atomizado", criticou.
E concluiu: "O que hoje é célere e eficaz vai passar a ser muito menos célere e muito menos eficaz".
Em declarações no final do Conselho de Ministros extraordinário, o governante justificou o adiamento com a necessidade de amadurecer as alterações previstas, nomeadamente ao nível da formação de quem ficará no controlo aeroportuário.
"Mais importante de dizer se será a 12, ou a 13 de maio, é garantir que a formação para os que ficarão na primeira, segunda e terceira linha do controlo aeroportuário tem a formação ajustada à garantia dos direitos humanos e dos compromissos internacionais do Estado português (...) e também de segurança", afirmou.