A preparação para a votação dos quase 81 mil brasileiros que se inscreveram dentro do prazo, até 2 de maio, começou há pouco mais de um mês, e tem decorrido entre o oficial de segurança da embaixada do Brasil e a Polícia de Segurança Pública (PSP).
Há três locais de votação, para onde estão centradas as atenções das autoridades: a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde vão votar 45.273 cidadãos brasileiros; o Instituto Superior de Engenharia do Porto, onde se inscreveram para votar 30.098 pessoas, e o Consulado Geral do Brasil em Faro, com 5.525 eleitores inscritos.
Para estes locais, a PSP preparou planos de segurança de área e patrulha, sem grande visibilidade, “para não criar qualquer tensão desnecessária”, avançou, à Renascença, fonte desta força de segurança.
O planeamento inclui também, para as três cidades, meios de reserva, que só “serão acionados em caso de necessidade”.
A PSP garante à Renascença, “não ter informações” que deixem antever problemas entre os apoiantes das principais candidaturas, porém diz-se “preparada para monitorizar todas as movimentações”, e, caso seja necessário, agir em conformidade.
Até ao momento, em Portugal, a comunidade brasileira vive este período de campanha eleitoral de forma serena, sem notícias de desaguisados.
No Brasil, o cenário é bem diferente, numa campanha eleitoral que ficou marcada, nos últimos dias, pelo último debate antes da primeira volta das eleições, a 2 de outubro, e que juntou os dois principais candidatos: Lula da Silva, ex-presidente e favorito nas sondagens, e Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil.